Quanto vale um homem sem o seu dinheiro? Para a
sociedade norte-americana da década de 1920, nada. Gatsby, sujeito obscuro, que
não se deixa inteiramente conhecer, já que é visto sob o ângulo de Nick, seu
vizinho com quem manteve curta amizade, como um espectador sóbrio e isolado das
próprias festas. Gatsby era de origem humilde e se apaixonara por uma moça rica
de Nova Iorque. Ela casa com outro, Gatsby fica rico e decide investir
novamente nessa mulher. Acaba morto de forma equivocada, tentando protegê-la. É
quando Nick, o vizinho que nos conta sua história, percebe que o mundo de
pessoas que frequentava suas festas suntuosas, não estavam interessados em nada
mais que a futilidade proporcionada pelo dinheiro.
Nas noites de verão, a música irradiava da casa de
seu vizinho Gatsby. Em seus jardins suntuosos, homens e mulheres iam e vinham
feito mariposas entre sussurros , champanhe e estrelas. Nas tardes de maré
alta, ele observava os convivas mergulhando no alto de sua balsa, ou tomando sol
nas areias quentes de sua praia particular, enquanto barcos a motor cortavam as
águas, puxando esquiadores aquáticos por entre cataratas de espuma. Nos fins de
semana, seu rolls-royce virava um lotação, transportando convidados das nove da
manhã até depois da meia-noite, enquanto sua caminhonete zunia feito um inseto
amarelo e ligeiro no encalço de trens. E às segundas-feiras, oito empregados,
incluindo um jardineiro extra, trabalhavam o dia todo com esfregões, escovas,
martelos e tesouras de jardinagem, reparando os destroços da noite anterior.
Nick é um espectador em busca de um astro. Vê Gatsby
como modelo bem sucedido. Os dois formam uma amizade que contempla diálogos em
que Gatsby mostra sua insegurança legada de sua origem nebulosa.
Tradução de Vanessa Barbara.
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F. Scott Fitzgerald. O grande Gatsby. SP, Pinguin Companhia, 2011, 256 pp
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