terça-feira, 1 de junho de 2010

Palhaço

Um dia desses escrevi para meu amiço Ciço, em Aracaju, fazendo-lhe um elogio mais ou menos assim, de que ele era meu palhaço preferido. Cícero é dramaturgo, ator e diretor. Um excelente clown, mas ele não acredita em mim. Pois não é que logo depois do elogio tratei de lhe explicar o sentido que queria dar ao termo?! Bobagem minha. Preconceito. Ele entendeu e aceitou muito bem o elogio, pois tem a sensibilidade do ator e do homem sensível que compreende a mágica importância dos palhaços na vida das pessoas.


Sempre tive uma simpatia especial pelos palhaços. Eles fizeram parte de minha infância no interior de Pedro Osório, quando os circos passavam por lá. O palhaço Carequinha também me cativou. Conhecia sua arte através de seus discos de música infantil: "o bom menino não faz xixi na cama/o bom menino não faz malcriação"... Mais tarde passei a acompanhá-lo na televisão.

Não gosto quando as pessoas ofendem alguém usando o termo plhaço pejorativamente. Eles estão equivocados. Não se dão conta do uso errado do termo, pois o palhaço é um profissional digno, que trabalha para nos fazer rir. O palhaço permite que a gente dê gargalhadas, fazendo-nos pensar que as palhaçadas que ele faz são dele, quando na verdade rimos de nós mesmos; as situações engraçadas que ele aponta já vivenciamos de uma forma ou de outra.

Dizem que rir da gente mesmo faz bem. Concordo. O riso é uma alternativa para o trágico. Nos aponta para o fato de que nem tudo está perdido, ou o que de ruim acontece pode ser passageiro, faz parte da vida. Daqui a pouco nosso personagem atrapalhado, nosso clown, nos fará rir, como rimos do palhaço.

Aproveito para sugerir a crônica de Cecília Meireles, sobre o tema, intitulada Programa de circo (do livro Escolha seu sonho, 26ª ed, RJ, Record, 2005). A escritora tem várias crôonicas abordando a importância do circo na vida das pessoas.

Um comentário:

  1. Também tenho meu palhaço preferido, mas tenho mais: tenho um circo preferido, cheio de atrações, mistérios, mágicas e palhaçadas.
    O "Cirquinho" da minha infância foi criado e mantido por nós, crianças.
    Um lençol virava a capa do mágico . Um Bombril aceso e rodando no ar formava inúmeras estrelas cadentes.
    Tinha malabarista , tinha nós, crianças.
    Tinha vocês, crianças.


    Postado por Mônica em junho 1, 2010 - terça-feira - 12:43

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