domingo, 18 de dezembro de 2016

50 livros imprescindíveis para compreender a literatura universal

Um livro de ficção bom  é aquele que nos consegue contar uma história original, de forma envolvente. O autor não precisa, obrigatoriamente, fazer grandes experimentos formais para que a matéria do romance nos conquiste a leitura de forma ávida. Mas, o conteúdo de uma história não sobrevive sem as operações formais que lhe deem corpo, caracterizando um estilo. Determinado tempo considerado em relação aos acontecimentos nele ocorridos, suas características distintivas, e os homens que nele viveram se refletem num estilo de viver e de expressar-se. Esses períodos de tempo esquematizam, assim, estilos de época que se refletem, na criação literária, em estilos literários. O estilo clássico predominou sob o domínio dos gregos e foi retomado durante o Renascimento e o Parnasianismo. O período das trevas da Idade Média ressurgiu no Barroco, sob o autoritarismo da Igreja Católica, no mundo latino. A ascensão da burguesia dos séculos XVIII e XIX gerou, como forma de expressão artística, o Romantismo, com o predomínio do subjetivismo. Até que a era da industrialização trouxe à classe burguesa excluída da aristocracia, a intensificação da força produtiva excluída da burguesia quanto a fatores econômicos. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, o mundo experimentou algo novo que revolucionou a literatura de então, até o presente: o Modernismo. O romance, a partir de então, nunca mais foi o mesmo. O conservadorismo da forma narrativa sofreu um nó que resultou em novos experimentos literários, como o fluxo de consciência, o foco na forma em detrimento do conteúdo, e por aí vai. Durante esse longo período de evolução da forma narrativa, houve obras imprescindíveis que fugiram ao cânone, tornando-se únicas, universais.

As 50 narrativas fundamentais que serão comentadas aqui a partir da próxima semana, são obras que influenciaram sobremaneira tudo o que se criou em forma de ficção a partir delas. O critério de escolha seguiu uma lista que o professor Flávio Loureiro Chaves , de quem tive o prazer de ser aluno, divulgou em uma de suas aulas de Literatura da UFRGS, lá pelo ano de 1976. A lista de agora  foi um exercício de memória, pois a lista me foi perdida. Creio que recuperei todos, ou quase todos. Talvez um ou dois títulos tenham sido trocados. Não tenho certeza absoluta se O jogo da amarelinha estivesse na lista do professor Flávio. Os livros de Borges, pode ser que não tenham sido dois. Mas tenho forte convicção de que O Aleph estava lá. Ficções é certo. Na lista do professor tinha Dom Casmurro. Optei por substituí-lo por Quincas Borba, por questão pessoal.

1.      A Ilíada
2.      A Odisseia
3.      A Divina Comédia
4.      Decameron
5.      Os Lusíadas
6.      Don Quixote
7.      Tristan Shandy
8.      Viagens de Gulliver
9.      Robinson Crusoé
10.     Tom Jones
11.     As relações perigosas
12.     Fausto
13.     O vermelho e o negro
14.     Moby Dick
15.     Madame Bovary
16.     Crime e castigo
17.     Os irmãos Karamázov
18.     Eugênia Grandet
19.     Pai Goriot
20.     Quincas Borba
21.     Anna Kariênina
22.     Guerra e paz
23.     Contos de Gógol
24.     Contos de Tchékov
25.     Lorde Jim
26.     O retrato de Dorian Gray
27.     Em busca do tempo perdido
28.     Metamorfose
29.     O processo
30.     Ulisses
31.     Orlando
32.     Mrs. Dalloway
33.     A montanha mágica
34.     Macunaíma
35.     O som e a fúria
36.     O homem sem qualidades
37.     São Bernardo
38.     O grande Gatsby
39.     A náusea
40.     Ficções
41.     O Aleph
42.     A peste
43.     O tempo e o vento
44.     Pedro Páramo
45.     Grande sertão, veredas
46.     O quarteto de Alexandria
47.     O leopardo
48.     A paixão segundo GH
49.     O jogo da amarelinha

50.     Cem anos de solidão

Nenhum comentário:

Postar um comentário